A resistência antimicrobiana (RAM) é uma ameaça crescente à saúde global, sendo responsável por milhões de mortes anuais. Artigos recentemente publicados no The Lancet relataram que em 2021, foram registrados 4,71 milhões de óbitos associados à RAM, dos quais 1,14 milhões foram diretamente atribuídos a infecções resistentes.
Patógenos como bactérias Gram-negativas resistentes a carbapenemas e Staphylococcus aureu estão entre os principais causadores de mortes relacionadas à resistência. No Brasil o maior índice de resistência foi em Complexo Acinetobacter baumannii com 70 a 80% de resistência dos isolados.
Sem intervenções adequadas, a projeção global é que, até 2050, a RAM cause até 8,22 milhões mortes associadas à RAM, com impacto graves em regiões como a América Latina, incluindo o Brasil. Medidas preventivas, como educação, vacinação, controle rigoroso de infecções e o uso racional de antibióticos, são fundamentais para mitigar essa crise.
Esses estudos reforçam a urgência de políticas de saúde pública que priorizem o desenvolvimento de novos antibióticos e a melhoria no acesso aos tratamentos, especialmente em regiões de baixos recursos. Somente com uma resposta global coordenada será possível reduzir o impacto da resistência antimicrobiana.
Acesse aos artigos na íntegra:
Global burden of bacterial antimicrobial resistance in 2019: a systematic analysis
Fortalecimento de um Sistema Brasileiro de Vigilância e Prevenção da Resistência Antimicrobiana (RAM)
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